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E, afinal, onde estamos?

                Contextualizar a falsafa no interior da história da filosofia tem, primeiramente, um viés didático a partir da necessidade natural dos seres humanos de localizar para compreender. 

         É muito grande o auxílio que nos prestam as coordenadas espacial, temporal, histórica e especulativa: onde, quando, o que e por que acontece? Mais ricos ficamos quando seguimos o adágio de que não é possível abordar a filosofia desvinculada da história e, esta, desvinculada do ser humano e, este, desvinculado do Universo.

             Mesmo que profetizasse, ninguém pensou fora do seu tempo histórico, do seu espaço geográfico e do cenário das idéias que o cercavam.

          Por essas razões, também, vale perguntar: afinal, de que mundo, de que época e de que espaço falou a falsafa ? E de onde falam, hoje, os historiadores da filosofia? O antigo provérbio que diz: “quem não sabe o que é o mundo não sabe onde está” aponta para uma necessidade inerente ao ser humano: localizar-se.

            Ainda que tal localização seja precária, equivocada, e que se altere ao longo do tempo; ainda que seus paradigmas sejam fluidos; ainda assim, o ser humano parece querer sempre, e antes de tudo, localizar-se.

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