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Os Abássidas

                 Sob a dinastia Abássida, o Islam ganhou um novo impulso. A capital política foi transferida de Damasco, na Síria, para Bagdá, no Iraque, durante o reinado do primeiro califa, ’Abu ‘Abbas Al-Saffah (750 a 754 d.C). Inicialmente, de formato circular, Bagdá continha o palácio do califa ao centro e, ao redor, mesquitas, edifícios públicos, hospitais e residências para funcionários.

                    Nesse tempo, o comércio se intensificou. Vale lembrar que o comércio tinha, para os árabes, o paradigma do mercador íntegro seguindo o exemplo de Muhammad, símbolo ético nas transações. Segundo a tradição, disse o Profeta: “os mercadores são os mensageiros do universo e os servos a quem Deus depositou confiança na Terra”.

                    O califado de Al-Ma’mun foi o apogeu da dinastia Abássida, época, em que Bagdá já havia se desenvolvido a ponto de ser renomada pelos seus intelectuais, tendo o interesse do próprio califa pelas obras gregas que passaram a ser traduzidas por cristãos e judeus para a língua árabe. 

                    Nesse período a língua árabe foi amplamente adotada por todo o império e, com a fundação da Casa da Sabedoria, berço da falsafa, Bagdá tornou-se a capital intelectual do império numa época em que os mecenas sustentavam escritores e poetas e onde se reuniam muitos sábios árabes, iranianos, indianos, gregos, cristãos e judeus.

             Não era de se surpreender, pois, que, nesse cenário, houvesse uma efervescência em todas as áreas do saber: Matemática, Astronomia, Filosofia e todas as Ciências da época foram sendo traduzidas e discutidas por essa nova elite que se formou em Bagdá.  

                               

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